quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

AVA - Mobile Learning



Mobile Learning
Starting from the end...



M-Learning, de mobile learning, ou aprendizagem móvel é uma das modalidades da Educação a distância, ou e-learning.
Acontece quando a interacção entre os participantes se dá através de dispositivos móveis (DM), tal como smartphones, ipods, laptops, tablets, rádio, tv, telefone, fax, entre outros. Está a gerar uma grande expectativa na vertente educacional, estando a ser realizadas iniciativas em ambientes empresariais e universitários de aprofundamento da sua mais valia para o processo de aprendizagem.
Quanto a mim, e à minha parca experiência em ambiente M-Learning, não lhe atribuo um carácter de novo paradigma, mas sim um "aproveitamento" das possibilidades "oferecidas" pela tecnologia, que nos permitem alterar  as interacções, entre os intervenientes no processo de aprendizagem.
Deste modo, o focus de atenção está centrado na tecnologia (mas acima de tudo, no potencial de aprender em qualquer altura e em qualquer local) , pois ela (tecnologia, mas também a vontade e a procura constante por parte do aluno) é que alterou/dinamizou e/ou levou para outros campos as interacções aluno-aluno e aluno-professor, gerando "discussões" mais ricas e frutuosas desta forma (sincronas e assincronas, mas acima de tudo anytime, anywhere - como nunca antes tinha sido possivel).
Talvez esteja a ser redutor nesta minha abordagem, mas o M- Learning utiliza a tecnologia (instrumentaliza), para incrementar a partilha, a discussão e o debate (e consequente aprendizagem) através da tecnologia (hardware e/ou software). Por exemplo, o Twitter pode ser utilizado durante conferências (presenciais) como um backchannel para que os intervenientes possam avaliar o que está a ser compreendido pela audiência (presencial e/ou via streaming).
Nesta altura não existem ferramentas consensuais, nem tão pouco um standard que garanta a interoperacionalidade, que permita construir um "course" total em M- Learning (devido essencialmente a problemas de hardware e software, que não permitem frequentemente que todos os intervenientes possam usufruir das plataformas/ferramentas a explorar - como aconteceu neste módulo de AVA).

Todas as ferramentas utilizadas (neste módulo), Blaving, Moblog, Flickr, QR Codes, entre outras ferramentas, servem essencialmente para enriquecer e incutir um "gosto" particular, mas não serve, indubitavelmente para uma abordagem global e única para o processo de aprendizagem (como me parece ter ficado demonstrado neste módulo - na minha perspectiva, ficando, no entanto, agradado com algumas das vantagens e potencialidades de algumas das ferramentas - como complemento, ao processo de aprendizagem).
Poderá dizer-se que é um módulo introdutório, que toca superficialmente cada um dos instrumentos, mas na prática, alguns deles não funcionam com o meu DM (Android 2.3.4), sem motivo aparente - tendo como exemplo mais flagrante o jogo das capitais, pura e simplesmente não funcionou, ou até a app disponivel na plataforma (inicial) que no meu DM nunca funcionou..), levando logo (desde inicio) a uma quebra na imprescindivel interoperacionalidade, levando-nos a pensar .. se em apps tão básicas existem dificuldades em as colocar a "correr/funcionar", podemos imaginar com situações mais complexas, são potencialmente geradoras de  desmotivação/insatisfação junto dos alunos/aprendentes e até professores.
Como fazer funcionar um "course" de 20/30/40 (ou mais) alunos, se num universo mais pequeno, existem problemas tecnológicos difíceis de resolver?? (O professor, não se deve converter num técnico, responsável por acudir a cada dificuldade técnica atingida ao utilizar ferramentas, pouco intuitivas e desmotivadoras para os alunos)  - Enquanto não se resolver estes problemas não será possível obter uma efectiva aprendizagem sem barreiras, devendo-se optar por soluções testadas, preferencialmente web-based, que potencialmente garantem uma (muito) maior interoperacionalidade, aproveitando o know how pré-existente dos alunos ao nível técnico.

Foram abordadas as fases do M - Learning:

1 - Foco no dispositivo
2 - Foco no aprendente/aluno fora da sala de aula
3 - Foco na mobilidade do aprendente/aluno

Provavelmente estas fases já fizeram sentido, no entanto, não me parecem estar "correctas" ou pelos menos, encontram-se desfazadas da realidade passada, e até presente.
Senão veja-se, de acordo com a definição constante na wikipedia "  Any sort of learning that happens when the learner is not at a fixed, predetermined location, or learning that happens when the learner takes advantage of the learning opportunities offered by mobile technologies". - Não será esta mesma definição uma contradição contra estas fases, há séculos que se aprende, através de livros (não será uma tecnologia - arcaica ? - mas ainda assim tecnologia?!?).
O foco do M - Learning não deverá ser a mobilidade através dos dispositivos? (com o enfoque sempre na mobilidade do aluno, através da tecnologia) aprendizagem anytime, anywhere significa que podemos aceder aos conteúdos em qualquer altura e em qualquer lugar, independentemente da tecnologia utilizada, bastando para tal, ter acesso a um qualquer dispositivo que nos possa proporcionar tal capacidade. Deste modo, o dispositivo é secundário, pois a motivação e os materiais disponibilizados estão sempre disponiveis para serem acedidos.
Desta forma, faria mais sentido focar dois aspectos:

1 - Adaptação à aprendizagem fora da sala de aula

2 - Mobilidade/interoperacionalidade do aluno e ferramentas disponiveis para a aprendizagem

Apesar de por motivos alheios à minha vontade, não ter acedido com a frequência desejada, a minha percepção  do módulo, é de que o aluno em M - Learning, pode revelar-se muito útil em circunstâncias especiais e de forma complementar a outras formas de distribuição de conteudos/conhecimentos, tornando-se mais uma peça na engrenagem do processo de aprendizagem.
No entanto, a solo, e para já não me parece ter capacidades, devido às razões já enunciadas, a falta de interoperacionalidade entre dispositivos e plataformas, surgimento de (frequentes) dificuldades técnicas com as apps (quer por desconhecimentos técnicos dos alunos e/ou incompatibilidade entre DM e plataformas). Desta forma, parece-me que o M - Learning, enquanto não obtiver um standard, que permita obter esses ganhos (em termos de compatibilidade), não poderá ser utilizada como única fonte de agregação/distribuição/discussão, etc de conteúdos no processo de aprendizagem, tendo contudo, um papel importante e potencialmente crescente no processo de aprendizagem.
Servirá (nos tempos mais próximos) como um complemento, enriquecendo e potenciando (o anytime, anywhere) a aprendizagem, a discussão, tirando partido da tecnologia ao serviço da aprendizagem.
Deste modo, alargará as formas de distribuição de conteúdos, flexibilizando o processo de aprendizagem, e durante este processo, a tenologia (hardware e sobretudo software), poderá amadurecer, e encontrar standards, para que possa crescer, ultrapassando limitações que nesta altura existem, fruto dessa mesma juventude.


É uma rede social que permite gravar mensagens de voz instantâneas e partilhá-las com quem quisermos.
Efectivamente, desconhecia esta Rede Social, que demonstra fazer exactamente aquilo a que se propõem, "distribuição" de mensagens de voz de acontecimentos, conteúdos, colocando online esses materiais (seja qual for o assunto e/ou temática).
Como qualquer rede social, podemos construir a nossa própria rede (quiçá, rede pessoal de aprendizagem..) de utilizadores, através de um sistema de seguidores e utilizadores que seguimos, podendo também efectuar listas, links, de acordo com os nossos interesses pessoais. Revela-se uma ferramenta interessante com potencialidades óbvias, elevando o valor dos conteúdos, que ao contrário dos podcasts (embora tb o façam..) podem estar permanentemente online e serem consultados a qualquer momento, bastando para tal ter um DM compativel com a aplicação.


Neste caso, já conhecia  a ferramente, embora num outro contexto e funcionalidade, somente no alojamento e disponibilização de imagem estática, bem como o serviço de pesquisa (muito preciso, ao nivel do licenciamento) das mesmas.
Desconhecia que o mesmo também alojava videos, ficando imediatamente online, no entanto, acaba por não se distinguir da concorrência (Youtube, Vimeo), muito mais difundida e aceite na web.


Trata-se de uma evolução dos códigos de barras.
A principal diferença, é que os QR Codes suportam mais dados, sem ligação a qualquer base de dados externa (ao contrário dos códigos de barras tradicionais).
Estes podem ser utilizados "virtualmente" para tudo, desde links, geolocalização, contactos, emails, funcionando como se fosse um url shortner  dando uma nova dimensão (neste caso) ao processo de aprendizagem.
Bastando ter um programa, que instalado num smartphone nos permite ler, bem como gerar QR Codes.
Acaba por ser uma ferramenta "engraçada" (até útil), que permite com poucos (ou nenhuns) clicks, e os instrumentos certos, facilitar o acesso a conteúdos e/ou informações contidas no mesmo.

É a junção das palavras "mobile" (móvel) e"Weblog" (ou Blog). Não é mais do que a publicação de sucessivos posts (textos e/ou imagens) na internet realizada através de um DM, como umPDA, Tablet ou um Telemóvel (entre outros), sem a necessidade de um ponto fixo de conexão com a internet. Isto é, o autor do Moblog pode publicar seu conteúdo a qualquer hora e lugar, desde que tenha um DM. Funciona como um instrumento de micro-blogging (não é prático inserir longas extensões de texto em DMs - outra das dificuldades para o M - Learning). Permite-nos fazer o que se faz nos Blogs tradicionais, mas num ambiente idealizado para DMs.





O Wildknowledge, dispõe de uma série de ferramentas individuais, mas interdependentes entre si (Wildkey, Wildform, Wildimage e o Wildmap) que podem ser utilizadas para os mais diversos fins, educacionais, sociais, comerciais, lazer, como forma de partilha e por exemplo, no sentido comercial, poderia ser utilizado por museus, que poderiam partilhar com os diversos utilizadores as mais valias, focus de interesse dos referidos espaços por forma a dinamizá-los.
Quem diz neste sentido, dirá também num sentido educacional, ou outro que nos interesse particularmente, visto que a(s) ferramenta(s) têm a flexibilidade necessária para serem adaptadas a cada fim especifico.
Realmente, gostei de utilizar a ferramenta, tendo pena de não a ter utilizado na totalidade (por dificuldades anteriormente descritas), tendo, no entanto, ficado com uma boa impressão da ferramenta, bem como das suas potencialidade educativas (e não só).



Esta actividade surge (sobreposta, mas com um propósito diferente) ao módulo anterior (de AVA), que se debruçou inteiramente no Twitter, mesmo assim, compreende-se que o Twitter, tem de facto enormes potencialidades (reconhecidas por mim, nesta reflexão).
Quer ao nivel de interacções (entre colegas, pares, referências de determinada temática..), é por isso utilizado de uma forma simples, e intuitiva (fruto dos seus propósitos e interfaces simples) para estabelecer redes de comunicação (quiçá , também de aprendizagem), surgindo como ponto de partida, no processo de aprendizagem, mas também de processamento e avaliação de materiais.
Desta forma, o Twitter, configura-se como o exemplo perfeito da simplicidade, ecletismo e maleabilidade que o m-learning deve configurar, como fonte efectiva de discussão, partilha, integração de aprendizagem.




Bottom Line

Nesta altura, parece-me que o M - Learning está em perfeitas condições para tomar o seu lugar de apoio/suporte ao processo de aprendizagem, na medida em que, poderá ser utilizado como um coadjuvante à aprendizagem no contexto do Elearning, não tendo a esta altura uma possibilidade real e sustentada de actuar a solo (embora a caminhar a passos largos para uma cada vez maior independência ao nivel do método de disseminação, bastando para tal que se possa obter um standard comummente aceite, de forma a reduzir as muitas dificuldades técnicas, muitas vezes sentidas a este nivel).
Nesta altura faltam referências, standards que permitam que o processo de aprendizagem passe unicamente através do  M - Learning.
Aliás, neste módulo de AVA (do MPEL5) surgiram diversos problemas técnicos, por vezes inultrapassáveis, devido a dificuldades técnicas (incompatibilidades de plataforma, e até desconhecimento por parte dos utilizadores), levando a que a professora tivesse que actuar como uma técnica, para resolver esses problemas, o que por vezes se revelou dificil e/ou impossivel. Além de que não será essa a sua função, devendo ter que se centrar no diálogo, acompanhamento, disseminação e controlo do processo de aprendizagem, e não estar "ocupada" em resolver situações técnicas.
A professora, a meu ver tem como papel primordial o de facilitadora, disseminadora e impulsionadora do processo de aprendizagem (ao invés de pronto - socorro, para resolver pormenores técnicos, por vezes insolúveis em tempo útil).

O M - Learning tem o condão de tornar acessível, anytime, anywhere, os conteúdos e ferramentas de determinado "course", mas não (pelo menos para já) de uma forma única.