segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Bibliografia Anotada - PLE

Bibliografia Anotada 1

Role of Teacher in PLE. Z.A. Saikh, S.A. Khoja (2011), Procedings of the PLE Conference 2011
http://Journal.webscience.org/568


Este paper, centra-se no "evoluir" das competências - chave pelas qual os professores vêem  apresentando, dadas as sistemáticas alterações tecnológicas bem como de exigência dos alunos/aprendentes (learner centered) no sentido de proporcionar "guidance"e/ou construção adequada aos alunos/aprendentes actuais.
Através de uma revisão da literatura disponivel, os autores procuraram obter resultados quanto às competências - chave que o professor/tutor deverá apresentar neste "novo" ambiente" (novo paradigma de aprendizagem focado no aluno como peça central do processo de aprendizagem).
Procuram desfazer o velho paradigma do professor, como simples disseminador, para uma visão mais abrangente/alargada, tendo o professor que proporcionar, guidance, planeamento profundo de actividades, design, montagem e efectivo acompanhamento da aprendizagem do aluno. Devendo pois, o professor, ele próprio um "aprendente" activo e dinâmico, tendo como referencial as novas tendências e ferramentas que "assistem" a aprendizagem.
Ao longo da revisão da literatura, os autores deparam-se com alterações significativas dos processos de aprendizagem, e consequentemente alteram-se os desafios, colocados aos professores, pois deverão adaptar-se a novas solicitações, novas ferramentas e novas funções, que até ai não lhes estavam reservadas, deste modo os professores actuais deverão:
- Planear e desenvolver os materiais;
- Deverão ter especial atenção aos diferentes backgrounds dos alunos/aprendentes e adequar os materiais aos niveis prévios de conhecimento;
- Deverá ser um focus de comunicação e interactividade, proporcionando aos alunos uma via aberta para dúvidas e/ou enriquecimento dos materiais e/ou experiências educativas;
- Deve também assumir um papel de gestão junto dos alunos, servindo como interlocutor entre instituição e alunos (na perspectiva do ensino formal, sendo ligeiramente diferente no informal, onde tem um papel de gestão da plataforma, e situações organizativas);
- O professor deve também ser um user intensivo das ferramentas tecnológicas utilizadas (e/ou disponíveis) de forma a poder efectivar uma guidance consistente e coerente com os propósitos do "course".
Com estes novos papeis, o professor é elvado a um nivel diferente do clássico "debitador" de material, para uma perspectiva construtivista/conectivista em que o aluno é responsável pela sua própria aprendizagem, seus objectivos e suas metas individuais (percurso de aprendizagem).
O que este paper deixa claro é que a participação e interacção é de extrema importância tanto da parte dos alunos, bem como dos professores, deste modo deixa claro que os professores não podem adoptar um papel estático em too este processo, tendo que visar comportamentos dinâmicos, interactivos de facilitação e/ou participação, de forma a poder (a todo o momento) o interesse, o nivel de "engagement" de cada um dos alunos, seus problemas, dificuldades (ou não), e adoptar atitudes diferenciadas para cada um deles.
Desta forma, os professores assumem um papel preponderante nas PLE dos alunos, pois os professores, não sendo as únicas fontes de conhecimento, são uma forma de guidance de extrema importância, sendo parte fulcral das PLE individuais de cada aluno/aprendente.



Bibliografia Anotada 2

Web 2.0, PLE and the future of LMS. Niall Sclater, Open University
http://net.educause.edu/ir/library/pdf/ERB0813.pdf


Neste paper o autor procura dar uma perspectiva da interligação da Web 2.0, PLE e LMS, e a forma como elas poderão interagir no futuro (e a forma como interagem no presente..), no sentido de alterar as perspectivas actuais, de PLE ( de raiz aberta, com diversas ferramentas espalhadas pela net, sem centralidade), e as LMS ( os "Wall Garden" - que apresentam soluções infléxiveis e desfasadas das necessidade correntes, no que concerne à PLE).
No estado actual, as LMS (com raras excepções), concentram-se em apresentar "courses", materiais curriculares servindo (muitas vezes) unicamente como repositórios - tendo uma função de "gestão da aprendizagem", e não de ligação (activa) entre os intervenientes da aprendizagem.
Deste modo, a critica vai para a inflexibilidade dos LMS, o seu "fechamento" ao exterior (onde só os alunos registados têm acesso - e mesmo esses, de forma condicionada..), e as suas limitações tecnológicas (propositadas?!? - por parte das comunidades/empresas que os produzem), levando a que cada vez mais aprendentes/alunos, sigam por um caminho exterior para a construção dos seus PLE, dada a flexibilidade que se obtem, bem como a qualidade das ferramentas, conciliada com o facto de poderem estar disponiveis a qualquer momento, obtendo dos LMS alguns materiais disponibilizados a nivel institucional.
No entanto, já se vislumbra algumas alterações nos comportamentos e atitudes das instituições, no sentido de se abrirem ao exterior (com contas no Facebook, Twitter, etc), o que lhes permite ter uma maior abertura institucional, mas também de interacção com os diversos intervenientes (alunos, aprendentes e professores) dando um carácter  de maior interactividade e "openess à web e seus utilizadores (e clientes?!?).
Os LMS, como já foi referido são sistemas que actuam (maioritariamente) como repositórios e sistemas de gestão de aprendizagem, sendo pouco flexíveis e exigindo avultados investimentos de tempo e dinheiro para manter e customizar, sendo também (na maioria dos casos incompatíveis com outras ferramentas exteriores).
Desta forma, o autor sugere que o futuro dos LMS, tal como são construídos (hoje em dia) são insustentáveis, devendo por isso, procurar um redireccionamento dos propósitos dos mesmos, bem como dos standards em que assentam. Devem por isso partir para soluções menos pesadas, interoperacionais (entre si), "abertas" à web, onde se possa obter uma gestão efectiva  da aprendizagem, mas ajudando os alunos/professores a perscrutar a Web na busca de novas ferramentas disponíveis na web, e que possam enriquecer o processo de aprendizagem, adicionando-as nos LMS.
Deste modo, os LMS tal como estão construídos surgem-nos como softwares pesados, inflexíveis e fechados ao exterior, servindo como repositórios de materiais educativos, não potenciando a comunicação entre alunos, professores e fontes externas. Desta forma, não conseguem "abordar" a problemática de criação de um PLE (apenas actua como uma pequena parte do "bolo" - quando poderia ter um papel preponderante, centralizador do PLE individual de cada aluno/aprendente). Por estes motivo, o PLE individual é construído de forma externa (com ferramentas externas, quando se deveria potenciar a centralidade do LMS no PLE de cada um, porque será inquestionável que o PLE deverá ter sempre fontes externas ao LMS...), ficando reservado à parte do LMS um pequeno contributo ao PLE.



Bibliografia Anotada 3

Seven things you should know about PLE. Penn State (2009)
http://net.educause.eu.ir/library/pdf/ELI7049.pdf


Este paper explica sucintamente o que é, como surgiu, o seu funcionamento, e importância (no processo de aprendizagem) que os PLE têm para a aprendizagem de "nova geração" (novo paradigma de aprendizagem construtivista - conectivista.
O paper em questão apresenta-nos de forma resumida e bastante direccionada a forma como os PLE assumem uma importância cada vez maior, na medida em que, cada vez mais é dada uma maior importância às redes de aprendizagem, à interacção, colaboratividade e partilha de experiências, situações muito ricas, diria mesmo imprescindíveis na aprendizagem dos dias de hoje.
Este paper, apresenta-nos de forma muito resumida, no que consiste a PLE, para que serve e de que modo está a alterar a visão de aprendizagem actual, (diria mesmo que não altera, mas que a sistematiza, enformando objectivamente os inputs e outputs da aprendizagem - num processo continuo).


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